Fabio Carvalho Gonçalves
Universus in versus
Textos
Beatriz.
Eu sabia, Bia.
Que já era noite embora desejasse dia.
Que era prosa, mas eu queria lira.
Que já era triste embora houvesse gotas de alegria pelo ar.
Sabia que era cedo e não tardia;
Ah, eu sabia, e ainda assim me defendia.
A desejava para sempre, assim pretendia.
A desejava eterna, longeva, todo dia.
Já era amor, e nós sabíamos.
Mas tê-la assim, eu não podia.
Bia, eu já sabia.
Que seria efêmera sua estadia,
Mas ainda assim, a desejaria.
Ainda que não fosse só alegria, a desejaria.
Ah, Bia, infelizmente eu já sabia.
E não havia sombras, vez que era dia, meio-dia.
Mas era o último dia, da última hora.
O último minuto, do último segundo,
Do resto de nossas vidas.
E dessa vez, Bia, eu não sabia.
Fiquemos nós,
Fiquemos sós,
Fiquemos pó.
Fiquemos.
Eu sabia, Bia.
Que já era noite embora desejasse dia.
Que era prosa, mas eu queria lira.
Que já era triste embora houvesse gotas de alegria pelo ar.
Sabia que era cedo e não tardia;
Ah, eu sabia, e ainda assim me defendia.
A desejava para sempre, assim pretendia.
A desejava eterna, longeva, todo dia.
Já era amor, e nós sabíamos.
Mas tê-la assim, eu não podia.
Bia, eu já sabia.
Que seria efêmera sua estadia,
Mas ainda assim, a desejaria.
Ainda que não fosse só alegria, a desejaria.
Ah, Bia, infelizmente eu já sabia.
E não havia sombras, vez que era dia, meio-dia.
Mas era o último dia, da última hora.
O último minuto, do último segundo,
Do resto de nossas vidas.
E dessa vez, Bia, eu não sabia.
Fiquemos nós,
Fiquemos sós,
Fiquemos pó.
Fiquemos.
Fabio Carvalho Gonçalves
Enviado por Fabio Carvalho Gonçalves em 04/10/2011
Alterado em 08/04/2022
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