Era só mais uma tarde de inverno
E Só havia Sol
E ao mesmo tempo já havia mais…Muito mais…

Era Sol que já havia
E era pura alegria,  candura
Com promessas mil
Travessuras

Só havia Sol
no mar de Pedro,
E ainda podia-se ouvir uma menina-mãe com as  pupilas a cantarolar…

Sob o olhar atento de um beija-flor,
Aquela menina reivindica a mãe
E como mãe, meio que sem saber, recria a mulher em si.

Só havia Sol
Mas havia ainda mais
Um jovem amor
Doce e delicado
Igualmente perene e frágil
Sútil e forte

Um amor que seria (e será) capaz de travestir-se ante a prova do tempo, enganando-o constantemente.
Para assim alçar, sem muito querer, a tão desejada longevidade

Tal como se ouvisse música, o poeta se prostra crédulo
Sublinha seu pouco canto,
Em notas de Fá a Sol
E nelas seu canto adquire força
E da força, significado e tanto

Algum tipo de (re)encontro
Talvez solar
Angular e reto
Onde almas sob o mesmo teto
Dessa abóboda azul-celeste,
Ainda que por magia ou puro encanto
Pudessem saudar a ti

Solano!